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Agosto branco: o diagnóstico precoce do câncer de pulmão salva vidas

Agosto branco é o mês destinado para a conscientização sobre a prevenção do câncer de pulmão. O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil e no mundo. Mesmo assim, o conhecimento sobre esse assunto ainda é rondado por muitos mitos.

Uma pesquisa do Datafolha, realizada em 2019, revelou que apesar de 97% da população dizer que conhece a doença, 70% acredita ser fácil diagnosticá-la precocemente - o que contradiz a realidade da doença, uma vez que apenas 20% dos casos são diagnosticados cedo. Quando perguntado aos pacientes, 62% também acham que o rastreio é simples, enquanto a realidade no Brasil ainda nos mostra que não há programas efetivos em âmbito nacional para o rastreamento do câncer de pulmão, fazendo com que a maioria dos pacientes seja diagnostica em estágio metastático.

Sobre os fatores de risco, 72% da população e 70% dos pacientes apontam o cigarro como principal para câncer de pulmão. Além disso, 95% da população entende que o fumante passivo também é prejudicado. Sobre o diagnóstico, 11% dos pacientes levaram mais de meio ano para iniciar o tratamento e apenas 9% dos pacientes conhecem tratamentos inovadores como terapia-alvo e imunoterapia.

Detectar o câncer precocemente quer dizer que o tumor é encontrado em fase inicial, o que possibilita maior chance de sucesso do tratamento.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos em pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença.
Ainda não há estudos que dão suporte ao rastreamento ativo em pessoas com histórico familiar ou exposição frequente a agentes químicos. Entretando, se esse é o seu caso, vale conversar com um médico especialista sobre as opções de rastreamento.

Falando nisso, os sinais e sintomas costumam aparecer apenas em estágios mais avançados da doença. Por isso, o diagnóstico precoce é tão difícil. Os sinais e sintomas mais comuns e que devem ser investigados são:
- Tosse e rouquidão persistentes;
- Sangramento pelas vias respiratórias;
- Dor no peito;
- Dificuldade de respirar;
- Fraqueza e perda de peso sem causa aparente;

Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se forem persistentes.

Não podemos deixar de citar o cigarro que é, de longe, o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, a doença está associada ao consumo de derivados de tabaco. Apesar disso, alguns estudos mostram que poucas pessoas entendem claramente danos provocados por essa substância.

Se você quer parar de fumar, procure ajuda de um especialista e tenha determinação. O SUS oferece gratuitamente o Programa de Tratamento ao Tabagismo. Para saber como funciona, entre em contato com a coordenação de tabagismo do seu estado por meio desse link.

 

 

 

Referências:
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao.  
https://www.ladoaladopelavida.org.br/respire-agosto
https://www.inca.gov.br/estimativa/introducao
https://accamargo.org.br/tipos-de-cancer/pulmao
https://sboc.org.br/informacoes-ao-paciente/item/1865-tabagismo-e-cancer-de-pulmao
BR-9105. Material destinado a pacientes. Ago/2020