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Como funciona o medicamento de alívio para asma?

Tosse seca e irritativa, falta de ar, chiado e desconforto no peito. Se você já teve esses sintomas durante uma crise de asma, sabe o quanto o alívio rápido é importante, não é?

Antes de mais nada, é importante reforçar que a asma é uma doença crônica que não tem cura, mas pode ser controlada a partir de um tratamento personalizado e contínuo associado à educação, informação e mudança de hábitos do paciente. Por isso é tão importante que você conheça os tipos de medicamento que utiliza e como eles te ajudam nessa jornada.

A medicação de resgate promove alívio rápido dos sintomas e pode te ajudar em um momento de crise, mas é preciso tomar cuidado, pois o uso isolado desse medicamento pode trazer riscos.

O medicamento de resgate é o broncodilatador. A função do broncodilatador é abrir os brônquios, ou seja, ele promove o relaxamento dos músculos dos brônquios, melhorando assim a passagem do ar. Como tem efeito rápido, esse medicamento promove um alívio praticamente imediato em momentos de crise, mas não tem efeito a longo prazo para o tratamento, já que não tem efeito na inflamação crônica da asma.

Para ficar mais simples de entender, imagine a seguinte situação:

Uma pessoa está com febre alta por conta de uma infecção urinária bacteriana muito forte. Ela toma algum antitérmico para abaixar a febre. Entretanto, após algum tempo, a temperatura volta a subir. Se a infecção não for tratada com o antibiótico indicado, a pessoa continuará a ter febre muitas vezes ao dia e não tratará a causa da infecção.  O mesmo acontece com as medicações de resgate para a asma. Ao tomá-los você alivia a falta de ar, mas não trata a causa da doença, que é a inflamação. O responsável por tratar a inflamação é o corticoide inalatório.

A Asma é uma doença inflamatória. Por isso, é necessário tratar a inflamação, que é a causa da doença, para ter um melhor controle da doença. Se sentir necessidade de usar a sua medicação de resgate mais que 3X/semana, procure seu médico, talvez seja necessário ajustar seu tratamento. 
 

 

 

 

Referências:
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  4. In: Pneumologia Paulista, 2019, São Paulo, SP. ANAIS 18o Congresso Paulista de Pneumologia e Tisiologia, edição suplementar, Acesso Maio/2020
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