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Estresse e os gatilhos para asma

Você sabia que o estresse é um dos gatilhos para o surgimento de crises de asma? 

Isso mesmo, a asma é uma doença psicossomática, ou seja, diversos fatores, tanto físicos como psicológicos, podem ser gatilhos para uma crise. Uma prática muito comum que ajuda no tratamento da doença e entender e identificar esses gatilhos.

No entanto, o estresse é um dos gatilhos que menos se escuta falar quando o assunto é asma. Certamente, você já deve ter escutado que um paciente com asma deve evitar contato com poeira, ácaro, pelos de animais entre outros fatores, mas e o estresse? Você já ouviu alguém dizer algo sobre ele?

Pouco se fala sobre a relação entre estresse e asma, muito porque uma das características da doença é o surgimento ainda na infância. Embora a asma possa se desenvolver em qualquer idade, estudos revelam que ela começa mais frequentemente na infância, especialmente nos primeiros cinco anos de vida. 1

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) divulgados no site da Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), a asma é uma das doenças crônicas mais comuns que afeta tanto crianças quanto adultos, acometendo cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, das quais aproximadamente 20 milhões estão no Brasil. 2,3

Ainda segundo os dados, a asma acomete 10 a 20% da população pediátrica, sendo a quarta causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS). 2,3

Diante desse cenário, é compreensível que o estresse não seja tão relacionado às crises de asma, afinal, como uma criança pode apresentar um quadro de estresse?

Esse é um pensamento equivocado. Crianças também podem sofrer de estresse, por diversas situações.1,4

Vale esclarecer que, na infância e na adolescência, o estresse assemelha-se ao do adulto, podendo gerar consequências físicas e psicológicas quando excessivo, sendo ansiedade, angústia, depressão, dores abdominais e tensão muscular alguns dos sintomas mais comuns.1,4

Você deve estar se perguntando: por que o estresse é um dos gatilhos para a asma?

Essa é uma relação um pouco difícil de compreender mesmo, afinal, poucas vezes ouvimos falar sobre como os fatores psicológicos, como o estresse, podem afetar o nosso corpo, mas continue acompanhando a leitura que vamos explicar de forma bem prática.

Como funciona uma crise de asma ocasionada pelo estresse?

O estresse é uma resposta complexa do organismo, que envolve reações físicas e psicológicas, que ocorrem quando nosso corpo precisa se adaptar a situações e eventos que ameaçam nossa estabilidade física e mental. 1,5

Quando esse estresse é intenso ou prolongado, ele pode favorecer a manifestação de diversos sintomas e doenças devido essas mudanças fisiológicas. 1,5

Na prática, em uma situação de estresse, nosso cérebro recebe informações e dispara um alerta de possíveis invasores, o sistema imunológico acaba atacando diretamente os pulmões. 1,5

Diante desse cenário, os nervos enviam mensagens de perigo e produzem substâncias que contraem os brônquios. Nesse momento, a secreção e catarro pode aumentar a inflamação das vias áreas. 1,5

Vale ressaltar que a asma é a inflamação dos brônquios (canais que levam o ar aos pulmões) que pode provocar o broncoespasmo (o fechamento do caminho do ar nos brônquios) dificultando a passagem do ar. As crises comprometem a respiração, tornando-a difícil, provocando sensação de sufoco.6

Ainda segundo a SBPT, a asma pode causar os seguintes sintomas:

  • Falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Sensação de aperto no peito;
  • Chiado no peito.6

Agora ficou bem mais fácil de entender, não é mesmo?

Outro fator psicológico que está diretamente relacionado à asma é a ansiedade. O FazBem fez um texto especial só para explicar a relação entre as duas doenças. Não perca a oportunidade e dá uma conferida também!

O fato mais importante que você deve saber sobre a asma é que ela tem tratamento e a melhor forma de prevenir crises é realizá-lo de forma correta.

Outro ponto é lembrar que pacientes com asma, ao longo do tratamento, passam por diversas situações que podem ser difíceis, como crises, internações, ajustes de medicações e, às vezes é natural as vezes se sentir desanimado diante da situação.

Por isso, o tratamento e acompanhamento com o médico e um psicólogo, quando possível, pode ser bem-vindo, pois eles podem ajudá-lo a entender melhor a situação e orientá-lo a como passar por essa fase sem relaxar ou deixar o tratamento de lado.

Conte, também, com a ajuda do FazBem. No blog, você encontra conteúdos incríveis com temas sobre a asma com responsabilidade e consciência da revisão da nossa equipe médica para garantir informações seguras para ajudar a sua saúde de verdade.

 

 

 

 

Referências:
  1. http://www.sopterj.com.br/wp-content/themes/_sopterj_redesign_2017/_revista/2013/n_03/10.pdf
  2. https://asbai.org.br/asma-atinge-20-milhoes-de-brasileiros/
  3. http://www.iff.fiocruz.br/index.php/8-noticias/760-asma2021
  4. https://www.primeirainfanciaempauta.org.br/a-crianca-e-seu-desenvolvimento-o-estressa-na-infancia.html
  5. https://conteudo.omronbrasil.com/asma-e-fatores-psicologicos/
  6. https://bvsms.saude.gov.br/asma/
BR-16290. Material destinado a pacientes. Jan/2022