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Saiba mais sobre as Mutações Genéticas que causam Câncer

Muitas pessoas evitam tocar nesse assunto, afinal, falar sobre câncer pode ser, em alguns casos, muito doloroso. Só quem enfrentou essa doença ou esteve perto de alguém que passou por um câncer sabe o quão desafiador é. 

O câncer é uma patologia muito comum, que atinge pessoas de todas as classes sociais, gêneros e idades. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atualmente, “o câncer é um dos problemas de saúde pública mais complexos que o sistema de saúde brasileiro enfrenta”.  

Inclusive, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que, se as tendências mundiais continuarem, é possível que haja um aumento de casos em 60% nas próximas duas décadas.  

Essa perspectiva de crescimento é explicada, conforme o Ministério da Saúde, pela “maior exposição dos indivíduos a fatores de risco cancerígenos” e a redefinição dos padrões de vida (trabalho, nutrição e consumo) decorrentes da industrialização. 

O Instituto Nacional do Câncer (INCA), define câncer como “o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos”. 

Esse "crescimento desordenado de células” é um jeito mais simples de se falar sobre as mutações genéticas que podem ser a causa para diversos tipos de câncer.  

Por isso, entender sobre essas mutações genéticas é fundamental para a prevenção e controle da doença. Vamos lá? 

Mutações genéticas e hereditárias podem causar câncer? 

 

Respondendo de forma direta: sim. Mutações genéticas e hereditárias podem causar câncer, mas a verdade é que ainda não existe um consenso a respeito do assunto na comunidade científica. 

Independentemente dessas controvérsias, vamos explicar um pouco mais sobre as mutações genéticas e hereditárias causadoras do câncer, afinal, é majoritário o entendimento de que esses fatores influenciam no desenvolvimento de cânceres. 

O Ministério da Saúde explica que “uma célula normal pode sofrer uma mutação genética, ou seja, alterações no DNA dos genes”, e “as células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as suas atividades”. 

Assim, elas passam a crescer desordenadamente e formam células anormais. Quando isso acontece e essas células se espalham para outras regiões do corpo, o câncer se desenvolve, promovendo diversas consequências para o organismo do indivíduo. 

De acordo com estudos, a maioria dos cânceres é adquirida de forma espontânea a partir de alguma mutação genética ao longo da vida, decorrente da exposição a fatores de risco como tabagismo, sedentarismo, obesidade, exposição à radiação etc.  

É importante, então, destacar que essas mutações genéticas adquiridas não são transmitidas de pais para filhos. Embora muitas famílias sejam afetadas pela doença, nem todos os cânceres surgem pelo fator hereditário.  

Pelo que se sabe, 5 a 10% dos cânceres são hereditários, transmitidos a partir do espermatozóide ou ovo fertilizado dos pais. O que não significa que herdar uma mutação genética vai fazer necessariamente com que uma pessoa tenha câncer, embora aumente os seus riscos. 

Seja uma mutação genética adquirida ou hereditária, o entendimento é de que a presença de alterações nos genes BRCA1 e BRCA2 podem trazer um risco elevado de desenvolvimento de vários tipos de câncer, como câncer de mama, de próstata, de ovário e de pâncreas. 

Apesar de não ser um fator determinante, se você teve algum caso de câncer entre membros da sua família, é interessante que você faça um teste genético para verificar a possibilidade de novos casos no seu âmbito familiar. 

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), além dos fatores genéticos e hereditários, há uma multiplicidade de causas para o surgimento de cânceres como: idade, gênero, exposições ocupacionais, comportamento sexual, poluição ambiental, entre outros.  

Segundo o Ministério da Saúde, “são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos”. No fim, é uma combinação de fatores que acabam contribuindo para o surgimento do câncer e alguns deles podem ser modificáveis, reduzindo suas chances de desenvolvimento. 

Afinal, como prevenir o surgimento do câncer? 

 

Fazendo algumas mudanças de estilo de vida é possível reduzir as chances do surgimento do câncer, mudanças essas que estão relacionadas aos fatores de risco modificáveis. Vamos falar um pouco sobre o que é importante que você faça a partir de agora. 

Segundo o Ministério de Saúde, “uma alimentação rica em gordura saturada e pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de mama, cólon, próstata e esôfago”. Por isso, o ideal é que você tenha uma alimentação que priorize alimentos mais saudáveis.  

Outro fator de risco que deve ser evitado é o tabagismo. O consumo de tabaco “é a principal causa dos cânceres de pulmão, laringe, cavidade oral e esôfago”, contribuindo ainda para cânceres de bexiga, leucemia mieloide, pâncreas, colo do útero e outros. 

De acordo com Ministério da Saúde, é importante ainda que você mantenha uma rotina de exercícios físicos, pois isso “diminui o risco de câncer de cólon e reto, de mama e de endométrio”. Também, “reduz o risco de desenvolver obesidade”, que é um outro fator de risco para diversos tipos de câncer. 

 

 

Fontes: 
  1. https://www.inca.gov.br/noticias/oms-e-iarc-lancam-relatorios-globais-sobre-o-cancer
  2. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/situacao_cancer_brasil.pdf
  3. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abc_do_cancer.pdf
  4. https://www.scielo.br/j/rlpf/a/WbCQ89Ccx4zpsm7StH86j9b/?lang=pt
  5. /assets/images/blog/Arquivos/Muta%C3%A7%C3%B5es%20Gen%C3%A9ticas%20e%20o%20C%C3%A2ncer%20-%20Infogr%C3%A1fico.pdf