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Saiba mais sobre câncer de mama e ovário

 

O mês de outubro é conhecido pela campanha Outubro Rosa que tem como objetivo a conscientização e a prevenção constante do câncer nas mulheres.

Normalmente, o mais comentado nessa época é o câncer de mama. O que muita gente não sabe é que algumas mulheres diagnosticadas com câncer de mama podem estar mais propensas a desenvolver o câncer de ovário e vice e versa. Por isso, vamos falar um pouco sobre ambos.

Nesse momento de pandemia, é importante ressaltarmos que, apensar de sentirmos que a vida toda parou, o tratamento de câncer não deve parar nunca. Afinal, manter o seu tratamento frequente e as consultas de rotina ao oncologista, ajuda a prevenir que o câncer se desenvolva ou se espalhe, ajudando você a ter um resultado melhor do tratamento.

Câncer de mama

O câncer de mama se desenvolve devido a alterações genéticas nas células mamárias, que se multiplicam de maneira anormal. É um câncer mais comum em mulheres, mas, apesar de serem pouco diagnosticados, os homens também podem ter câncer de mama e devem ficar alertas a possíveis sintomas da doença.

Alguns sintomas que você pode perceber fazendo o autoexame são:

  • Vermelhidão, curvaturas ou contração na pele da mama e no mamilo;
  • Aspecto semelhante à casca de laranja;
  • Secreções;
  • Nódulos palpáveis (podem ou não causar dores no seio ou na axila)

É importante saber que o autoexame não substitui o exame clínico. Então mesmo que você avalie suas mamas e não sinta nenhuma alteração, faça os exames clínicos todos os anos sem falta.

É importante procurar um médico após sentir algum desses sintomas ou receber alterações nos exames, isso porque nem sempre essas alterações são câncer e, caso seja, o diagnóstico precoce é muito importante.

A Sociedade Brasileira de Mastologia orienta que a mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos para prevenir o câncer de mama. Se você já tem risco elevado de desenvolver câncer (histórico familiar), fale com o seu médico e peça uma orientação para a prevenção.

Tratamento

Todo câncer de mama precisa ser retirado em cirurgia parcial ou total. Na maioria dos casos é necessário combinar a cirurgia com outra terapia, mas a escolha do tratamento certo para o seu caso vai ser conversado entre você, o seu médico e sua família, isso porque tudo depende de caso para caso e de pessoa para pessoa.  

Os tipos mais comuns de tratamento são:

  • Cirurgia;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;

Câncer de ovário

O câncer de ovário é mais difícil de ser diagnosticado e costuma ser percebido em um estágio mais avançado. Por isso, sempre enfatizamos a importância das consultas e exames frequentes.

Ele é um dos cânceres ginecológicos mais comuns, atrás apenas do câncer de colo do útero. Seus sintomas podem ser percebidos na fase inicial, apesar de mais difícil, ou em fase mais avançada.

Para o diagnóstico, são recomendados alguns exames clínicos que serão pedidos pelo seu médico após sua consulta. Os exames podem variar entre: exame físico, pélvico, de sangue, ultrassom e biópsia.

*O Papanicolau não detecta o câncer de ovário, apenas o de colo do útero.

Tratamento

O tratamento, novamente, depende de pessoa para pessoa e caso para caso. Após uma conversa com o seu médico, ele vai explicar qual o melhor tratamento para você.

Os tratamentos mais comuns são:

  • Cirurgia (histerectomia total e salpingooforectomia bilateral);
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Reabilitação
  • Fisioterapia pélvica (forma mais usada para tratar os efeitos colaterais após a cirurgia).

Fatores de risco

Os fatores de risco são similares para o câncer de mama e para o de ovário, portanto é muito importante ficar atento:

  • Histórico familiar;
  • Fatores genéticos;
  • Excesso de peso corporal;
  • Nunca teve bebê;
  • Menstruou depois dos 12 anos;
  • Teve menopausa após os 52 anos;
  • Fez terapia hormonal.

Teste genético

Testes ou exames genéticos podem mapear o DNA, analisar as alterações genéticas e riscos de desenvolver algum tipo de câncer durante sua vida. Ele é feito, principalmente, por pessoas que já tem algum histórico de câncer na família. 

Compreender o seu risco de ter câncer ajuda a prevenir e a diagnosticar precocemente, melhorando o tratamento e as chances de cura. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 1 a cada 10 casos de câncer de mama, assim como 1 entre 4 casos de câncer de ovário, estão relacionados a alterações genéticas herdadas pelos pacientes.

Saúde mental

Um levantamento feito pelo Instituto Oncoguia revela que, na primeira fase, 53% dos participantes declararam que uma das áreas mais impactadas pela pandemia foi a emocional. Em julho (2020), essa porcentagem subiu para 58%. Os sentimentos mais presentes na vida destas pessoas foram o medo e a ansiedade.

O paciente oncológico está muito impactado pela situação. Já era difícil lidar com o psicológico após o diagnóstico de câncer, agora, com a pandemia, vários pacientes se queixaram de piora.

Para ajudar nesse momento, é muito importante que você não afaste as pessoas próximas de você. Tente conversar sobre seus medos, mas também fale de coisas que gosta e que faça você se sentir bem. Faça atividades divertidas e que te deixem feliz. Aceite ajuda de familiares e pessoas próximas a você e, se preferir, procure grupos de apoio. O intuito é você se sentir bem e acolhido.

Autoestima

O tratamento de câncer é uma parte muito dolorosa para as mulheres. A queda de cabelo, ressecamento da pele e/ou a retirada dos seios pode afetar muito a autoestima.

Esse fato pode causar pensamentos de desistência do tratamento, mas o lado positivo dessa história, é que, ao longo do tempo, alguns métodos começaram a ser usados para elevar e trazer de volta a autoestima das mulheres.

As perucas, por exemplo, são ótimas opções para a queda de cabelos. Existem bancos de perucas para ajudar mais pessoas a, por meio do cabelo, receberem a autoestima de volta e se sentirem não só mais bonitas, mas mais felizes e com vontade de continuar o tratamento.

Além disso, maquiagens e tatuagens também são formas de trazer autoestima de volta para as mulheres, assim como os implantes de silicone para reconstituir a mama. É importante lembrar que você deve conversar com o seu médico sobre isso antes de tomar a decisão por conta própria.

Estamos sempre querendo ajudar você a enfrentar o câncer de uma maneira mais positiva, trazendo informações e dicas para o seu dia a dia e tentando tornar o seu tratamento mais leve.

Queremos que você continue fazendo seu tratamento, os seus exames e retornando frequentemente ao médico. Afinal, o normal mudou, o câncer não. O cuidado precisa continuar. Não espere a pandemia acabar para retomar o seu tratamento, continue com ele sempre e sem pausas.

Conheça nossa campanha sobre o novo cenário que estamos vivendo e o câncer: O Normal Mudou, O Câncer Não.

Conheça a campanha!

 

Referencias