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Entendendo o que é linfoma e onde ele pode aparecer

Segundo dados do INCA, No Brasil, mais da metade dos diagnósticos de linfoma acontecem já nos estágios avançados da doença, que é o tipo de câncer que apresenta mais de 60 subtipos diferentes.

O intuito do FazBem é sempre trazer informações e auxílio para que você possa seguir ou começar um bom tratamento, com confiança e apoio.

Hoje, vamos falar um pouco sobre como o linfoma pode aparecer e quando você deve ficar atento para procurar um médico e começar o seu tratamento o quanto antes.

Sistema linfático

O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, que ajuda a combater infecções e algumas outras doenças causadas por vírus e bactérias.  

Esse sistema é formado por um complexo de vasos, semelhante às veias do nosso corpo, que  transportam o fluido linfático dos tecidos (responsável pela eliminação de impurezas das células), de volta a circulação sanguínea. Quando esse mecanismo não funciona corretamente, pode provocar inchaço nos braços e pernas.  

O sistema de defesa do organismo é composto por diversas estruturas: linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos. Por elas, circulam uma grande quantidade de glóbulos brancos, em especial, os linfócitos.

Tipos de linfócitos:

  • Linfócitos B: produz anticorpos e está presente na medula óssea.
  • Linfócitos T: auxilia os linfócitos B
  • Células exterminadoras naturais: atacam as células infectadas por vírus sem precisar de anticorpos.

 O linfoma acontece quando os linfócitos e seus precursores que moram no sistema linfático, e que deveriam nos proteger contra as bactérias e vírus, dentre outros perigos, se transformam em malignos e crescem de forma descontrolada, “contaminando” o sistema linfático.

Linfoma

O linfoma é divido em duas categorias: linfoma de Hodgkin (LH) e o linfoma não-Hodgkin (LNH).

Ambos apresentam comportamentos, sinais e graus de agressividade diferentes. A principal diferença entre eles são as células doentes. O LH tem como característica a presença de células grandes e identificáveis. Já o LNH não tem um tipo celular característico.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2020, ocorreram cerca de 2.640 casos de linfoma, em maior número nos homens.

Linfoma de Hodgkin

Quando as células de proteção se transformam em célula de Reed-Sternberg (um tipo de célula cancerígena) é desencadeada uma relação inflamatória, formando um aglomerado de células malignas no corpo humano, formando, assim, o linfoma.

 Esse tipo de câncer pode ter início em qualquer local do corpo, mas é mais comum em gânglios linfáticos, presentes no tórax, pescoço e axilas.

 Entre os sintomas que podem surgir estão:

 Outros sintomas menos comuns são:

O diagnóstico pode ser feito pela biópsia, exame de sangue e com o auxílio de exames de imagem.

 Atualmente, o tratamento pode ser feito de mais de uma maneira para que você possa viver bem. Entre as possibilidades estão: a quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de células-tronco.

 O seu médico é quem vai informar qual o melhor tipo de tratamento para o seu caso e você deve segui-lo de acordo com as recomendações que ele te passar.  

 Leia também: Aplicativos podem ser aliados no tratamento de câncer

 Linfoma não-Hodgkin

O LNH pode atingir linfonodos e órgãos extranodais (quando se desenvolve fora do sistema linfático), sendo os locais mais frequentes a medula óssea, trato gastrointestinal, nasofaringe, pele, fígado, ossos, tireoide, sistema nervoso central, pulmão e mama.

Pode ser dividido por dois grupos: os indolentes, que se desenvolvem ao longo dos anos de forma lenta, e o agressivo, que tem um crescimento acelerado e pode dobrar de tamanho em semanas.

Os sintomas podem ser:

Outros sintomas menos comuns são:

O diagnóstico pode ser feito pela biopsia da medula óssea, biópsia do linfonodo e os exames de imagem que podem auxiliar nesse processo.

 Leia também: Lidando com as emoções e ansiedade durante o tratamento de câncer

Suporte emocional

Se você for diagnosticado com linfoma, saiba que não é necessário afastar as pessoas, mas sim deixá-las ajudar você da melhor forma possível e fornecer suporte emocional para conseguir passar por todo esse processo de uma forma mais calma, sem deixar que suas emoções dominem sua mente e você se desespere. É importante tentar se manter confiante e seguir o tratamento com todo o cuidado e dedicação possível.

Porém, além desses detalhes mega importantes, você tem que lembrar que há pessoas com você nessa jornada. Além de familiares e amigos, existe toda a equipe multiprofissional que vai estar nessa com você, auxiliando não só o seu tratamento, mas também quem está passando por todo esse processo junto com você.

Você também pode optar por grupos de apoio na internet ou associações de pacientes para receber ajuda nesse momento e conseguir controlar suas emoções e angústias.

Aqui, no FazBem, nós sempre estamos pensando em conteúdos incríveis para ajudar, informar e acolher você. Nosso blog está recheado de informações e dúvidas sobre alimentação ou sobre patologias que geram dúvidas frequentes.

Vem com a gente nessa jornada! Acesse outros conteúdos.

 

 

 

Referências
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin
https://www.abrale.org.br/doencas/linfomas/lnh/diagnostico/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/vivendo-com-o-cancer/1015/51/#:~:text=Algo%20que%20ajuda%20muito%20ao,at%C3%A9%20em%20sua%20pr%C3%B3pria%20f%C3%A9
https://www.youtube.com/watch?v=8s_sCMyFVTs
BR-13313. Material destinado a pacientes. Jun/2021