Tenho hipertensão, e agora?
quinta-feira, 08 set 2022Você foi diagnosticado com hipertensão arterial? Saiba que o tratamento dessa doença não se baseia só em medicamentos. Suas atitudes e hábitos são tão importantes quanto os remédios!
O autocuidado com a alimentação, atividades físicas, controle do estresse e uso de medicamentos conforme prescrição é fundamental. Se você não fizer sua parte, pode ser que o esforço dos profissionais de saúde que te acompanham seja muito menos eficaz.
Sua primeira responsabilidade é entender a hipertensão ou pressão alta. Isso significa aprender sobre as causas, os sintomas, os tratamentos e as possíveis consequências que ela pode causar e o que você pode fazer.
A pressão alta é silenciosa, ou seja, pode ser que, mesmo com o diagnóstico definido, você ainda se sinta perfeitamente bem. Por esse motivo, é difícil acreditar que algo está errado e seguir o tratamento indicado.
Porém, ao longo dos anos, se a hipertensão arterial não é tratada, pode danificar vasos sanguíneos em todo o corpo. Em algumas pessoas, esse dano pode causar acidentes vasculares cerebrais, ataques cardíacos, insuficiência cardíaca ou ainda prejudicar a visão e os rins. Por isso, é importante controlar a pressão arterial, mesmo se você se sente bem como está.
A boa notícia é que o FazBem conta tudo o que você pode fazer para contribuir ainda mais para o seu tratamento e manter a sua pressão controlada.
O primeiro passo é adotar um estilo de vida mais saudável e levar isso a sério! Dependendo da causa da pressão alta e de quão alta ela está, só essa mudança de hábitos já pode minimizar o problema.
?Pode ser que você também precise tomar um ou mais medicamentos para ajudar no controle da pressão. Por isso é importante não faltar às consultas médicas para monitorar como você está e se o tratamento precisa de ajustes.
Veja alguns hábitos que ajudam no controle da hipertensão!
Não fumar: fumar danifica o revestimento interior dos vasos sanguíneos e aumenta a pressão arterial.
Exercícios físicos: fortalecem o coração, diminuem o colesterol e a pressão arterial, além de ajudarem a controlar o seu peso. Mesmo pequenas quantidades de atividades físicas diárias podem reduzir o risco de doença cardíaca e ajudá-lo a se sentir melhor e ter mais energia.
Manter um peso saudável: Estar acima do peso faz seu coração trabalhar mais e pode aumentar seu colesterol ruim, a pressão arterial e suas chances de desenvolver diabetes.
Controlar o estresse emocional: o estresse aumenta sua pressão arterial e os batimentos cardíacos, o que pode danificar o revestimento dos vasos sanguíneos.
Limite o consumo de álcool: beber mais do que o considerado seguro (uma dose por dia para mulheres e duas doses por dia para homens) pode aumentar o risco de pressão alta.
Mantenha uma boa comunicação com seus médicos: a equipe de saúde precisa entendê-lo e vice-versa. Quando você não entende o conselho ou as recomendações do seu médico, os resultados podem ser perigosos. Seja proativo e interesse-se em desenvolver habilidades necessárias para comunicar-se de uma forma mais efetiva.
Encontre apoio: para ser proativo no seu autocuidado, você precisa entender quando precisa de ajuda e como encontrá-la. Boas fontes de ajuda podem ser amigos, familiares, grupos de apoio e, claro, o Programa FazBem.
Meça a sua pressão arterial: pergunte na farmácia, posto de saúde ou centro para idosos. Você pode até ter uma máquina e medir sua pressão arterial em casa. Isso vai ajudar você a se sentir no controle. Faça anotações sobre as suas medições e leve esse registro com você ao médico.
Evite a automedicação: alguns remédios como anti-inflamatórios, anticoncepcionais, descongestionantes nasais, remédios para perda de peso ou drogas ilícitas podem alterar a sua pressão arterial. E isso também vale para chás milagrosos e “remédios naturais”. Na dúvida, é melhor falar com o seu médico.
Você é a única pessoa que vive com o seu problema de saúde a cada minuto do seu dia. Portanto, nada mais justo do que você mesmo tomar as rédeas da sua saúde e mudar o cenário dela para melhor.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta com um profissional de saúde.
Referências:
1. GONZÁLEZ, Virginia; HERNÁNDEZ-MARIN, Maria; LORIG, Kate; HOLMAN, Halsted; SOBEL, David; LAURENT, Diana; MINOR, Marian. Assumindo o Controle de sua Saúde: Autocuidado de doenças cardíacas, artrose, diabetes, depressão, asma, bronquite, enfisema e outras condições crônicas. 4. ed. rev. PUC Rio Grande do Sul: EdiPUCRS, 2017. 435 p.
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