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Asma e gravidez: tire dúvidas sobre o uso de bombinha

Se você está grávida e tem asma, pode ser que esteja cheia de dúvidas com relação aos riscos, ao seu tratamento, a sua saúde e a do seu bebê.

A gravidez é um momento muito especial para muitas mulheres, inclusive para quem tem asma. Entretanto, alguns cuidados são fundamentais para uma gestação mais tranquila.

A primeira coisa que você deve fazer é não se desesperar e procurar conhecimento no assunto.

E você está no lugar certo! O FazBem reuniu as principais informações sobre asma e gravidez nesse texto. Confira!

Por que a asma durante a gravidez é uma preocupação?

Geralmente, as mulheres que sofrem de asma durante a gravidez já têm um histórico anterior à gestação. Os sintomas da asma podem ser sazonais, piorar na presença de estímulos como exposição a alérgenos ou quadro de infecção de vias aéreas superiores e no período da noite.

Já comentamos aqui no blog sobre a importância de manter o tratamento de manutenção da asma. Se você estiver tratando- a conforme recomendação médica e ela for bem controlada durante a gravidez, há pouco ou nenhum risco de você ter complicações.

Entretanto, a asma grave ou não controlada durante a gravidez pode aumentar o risco de alguns problemas, entre eles:

- Complicação caracterizada por pressão alta e sinais de danos a outro sistema de órgãos, geralmente os rins (pré-eclâmpsia);

- Crescimento fetal restrito;

- Nascimento prematuro;

- Necessidade de uma cesariana;

- Em casos extremos, a vida do bebê pode estar em perigo.

Asma e gravidez, entenda essa relação

Assim como para pessoas com asma que não estão grávidas, é importante estar atenta a gravidade da doença e monitorar a função pulmonar da mamãe para obter o controle adequado da doença.

A asma é classificada em leve, moderada e grave. Embora a gravidade esteja relacionada com a quantidade de medicação necessária para controlar a doença, pacientes com asma grave têm maior probabilidade de piorar durante o período de gestação.

Por isso, é importante ressaltar a necessidade de manter o tratamento de manutenção durante a gravidez caso seu médico considere pertinente essa conduta.

Lembre-se: qualquer alteração que você fizer em sua rotina de medicação também podem influenciar o controle de sua asma.

Segundo dados da revista da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), o controle da asma durante a gravidez tem o objetivo de prevenir a crises de asma para a mãe, garantindo a oxigenação adequada do bebê.

O acompanhamento obstétrico criterioso, buscando identificar possíveis complicações fetais durante o pré-natal, é essencial.

É comum que a gravidade da asma e dos seus sintomas sejam subestimados e as mulheres tenham dificuldade de reconhecer sinais precoces de piora da asma.

Assim, o monitoramento do nível de controle dos sintomas de asma deve ser rigoroso e as consultas de acompanhamento semanais ou quinzenais até que a doença seja considerada controlada.

Se você tem asma moderada/grave não controlada ou se está se recuperando de uma crise grave de asma, seu médico pode recomendar avaliações periódicas por meio do exame de ultrassom começando na semana 32 de sua gravidez para monitorar o crescimento e a atividade do bebê, dados da Revista Médica de Minhas Gerais (RMMG).

É seguro tomar medicamentos para asma durante a gravidez?

É claro que qualquer medicamento que você tome durante a gravidez pode apresentar riscos, mas alguns medicamentos para asma podem ser utilizados com segurança durante a gravidez, desde que com indicação médica.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) é importante continuar tomando os medicamentos para asma indicados pelo seu médico durante a gravidez para evitar crises ou sintomas de asma.

Já no caso de asma grave antes da gestação, A ASBAI, ressalta que retirar o uso de corticoide oral pode ser considerado pelos médicos com muita cautela, desde que seja possível realizar a retirada ou redução sem perda do controle.

 Por isso, se você já faz tratamento para asma e está grávida, é importante conversar com a equipe de médicos que cuida de você para que eles possam adequar o seu tratamento a sua condição de grávida e seu bebê. Nunca pare de usar medicamentos ou ajuste a dose por conta própria.

Grávida pode usar Bombinha de Corticóide inalatório?

Como falamos anteriormente e, de acordo com a Fundação ProAr, o tratamento deve seguir a orientação médica. Atualmente, existem medicamentos com a categoria de risco liberada para uso durante a gestação.

Saiba como prevenir complicações

Cuidar bem de si mesma é a melhor maneira de cuidar do seu bebê. Veja algumas atitudes que podem ajudar: [2]

Compareça as suas consultas de pré-natal. Visite seu médico regularmente durante a gravidez. Compartilhe quaisquer dúvidas ou preocupações que você possa ter.

Tome seu medicamento conforme prescrito. Se você tiver dúvidas sobre os medicamentos que está tomando, consulte seu médico.

Não fume. Se você fuma, peça ajuda ao seu médico para parar. Fumar pode piorar a asma e fumar durante a gravidez pode causar problemas de saúde para você e seu bebê.

Evite e controle os gatilhos. Evite a exposição ao fumo passivo e outros irritantes potenciais, como poeira e pelos de animais.

Controle da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). A DRGE pode piorar os sintomas da asma. Saiba mais sobre como reduzir os sintomas da DRGE.

Reconheça os sinais de alerta. Certifique-se de que conhece os primeiros sinais e sintomas de que a sua asma está piorando como tosse, aperto no peito, falta de ar ou chiado no peito.

Asma e o trabalho de parto

 A maioria das mulheres não apresenta sintomas graves de asma durante o trabalho de parto. Se você estiver tomando remédios para asma, converse com o seu médico sobre o uso dos medicamentos durante a gravidez e o trabalho de parto.

Serei capaz de amamentar meu bebê mesmo usando medicamentos?

De acordo com o a Fundação ProAr, isso pode depender do nível de gravidade da asma, do medicamento e da dose que é usada para o controle.

As medicações para o tratamento da asma, em geral, têm suas advertências para a amamentação, pois não existem estudos específicos sobre isso. A maioria das medicações podem ser excretadas pelo leite materno, mas existe sempre a análise de riscos x benefícios, por isso sempre consulte seu médico.

Meu bebê também vai ter asma?

Acredita-se que vários fatores aumentem as chances de uma pessoa desenvolver asma, incluindo ter um pai ou irmão que tem asma. Certifique-se de falar com o médico do seu bebê sobre qualquer preocupação que você possa ter sobre a saúde dele.

Asma e Gestação têm comum relação, por isso seguir a orientação médica e manter o tratamento conforme recomendação médica ajuda no bom controle da doença para um parto sem risco, garantindo o bem-estar tanto para você quanto para o seu bebê.

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Referências:
  1. http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=630
  2. https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/pregnancy-week-by-week/in-depth/pregnancy-and-asthma/art-20047303
  3. Vatti RR, Teuber SS. Asthma and pregnancy. Clin Rev Allergy Immunol. 2011;43:45-56.
  4. Belanger K, Hellenbrand ME, Holford TR, Bracken M. Effect of pregnancy on maternal asthma symptoms and medication use. Obstet Gynecol. 2010;115:559-67.
  5. Lim A, Stewart K, König K, George J. Systematic review of the safety of regular preventive asthma medications during pregnancy. Ann Pharmacother 2011;45:931-45.
  6. Schatz M, Dombrowski MP. Asthma in pregnancy. N Engl J Med. 2009;360:1862-9.
  7. https://www.fundacaoproar.org.br/noticia?post=proar-responde-cuidados-com-a-asma-durante-a-gravidez
8.http://rmmg.org/artigo/detalhes/1657#:~:text=Na%20gravidez%20a%20asma%20mal,piora%20ou%20estabiliza%C3%A7%C3%A3o%20do%20quadro.
BR-12370. Material destinado a pacientes. Jun/2021