Asma infantil: qual médico procurar?
quarta-feira, 20 out 2021Chiado, tosse que piora a noite, respiração desconfortável. Quando a criança começa a apresentar sintomas como esses, é importante ficar atento. A asma é uma doença respiratória comum na infância e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, acomete uma a cada cinco crianças e adolescentes.
Ainda segundo a SBP, é a minoria dos pacientes que são conduzidos a um tratamento realmente adequado. Se você percebeu algum dos sintomas acima no seu filho, sobrinho ou alguma outra criança próxima, vale a pena conferir o texto de hoje.
O primeiro impulso de qualquer pessoa quando vê uma criança com sinais de que está doente é levá-la ao pediatra, certo?
E no caso da asma? Será que o acompanhamento com o pediatra especialista pode ser a melhor opção para buscar uma abordagem de tratamento para os pequenos?
Vamos nos aprofundar mais nesse assunto e entender melhor qual é o processo de diagnóstico e tratamento da asma infantil.
Antes de mais nada, você sabe exatamente o que é a asma?
A asma é uma doença pulmonar crônica que pode aparecer em crianças pequenas até idosos. E pode ser de leve a muito grave em pacientes diferentes. Você já deve ter ouvido o termo bronquite, certo? Fique atento, apesar de toda asma ser no brônquio, bronquite e asma são doenças diferentes.
A principal diferença entre elas é que, a asma é definida como uma obstrução brônquica, geralmente ocasionada por um processo alérgico, que leva à inflamação dos brônquios. Já a bronquite aguda é causada por infecção viral ou bacteriana e a bronquite crônica é provocada pela exposição prolongada ao cigarro ou outros irritantes inalados.
Outra informação muito importante é que, mesmo que um asmático fique sem sintomas por um período, a doença pode se manifestar a qualquer momento. Por isso, o tratamento precisa ser contínuo, de acordo com a orientação médica, ok?
Quando procurar um médico?
É recomendável que você leve seu filho ou criança pela qual você é responsável ao médico quando se notar:
- Tosse constante, intermitente ou associada à atividade física
- Chiados ou assobios ao respirar
- Falta de ar ou respiração rápida
- Queixas de aperto no peito
Quando a criança tem asma, ela pode dizer coisas como: "Sinto uma sensação estranha no peito" ou "Estou sempre tossindo". Além disso, chorar, rir, gritar ou ter fortes reações emocionais e estresse também são fatores que podem desencadear tosse ou respiração ofegante.
Esforço físico acompanhado de tosse, crises recorrentes de chiado, dificuldades para respirar e cansaço já são sinais de alerta para encaminhar a criança a um especialista.
Qual médico procurar para asma infantil?
É mais comum que o pediatra perceba os primeiros sinais e sintomas da doença e tome medidas imediatas para prevenir complicações. Como próximo passo o recomendável costuma ser o encaminhamento da criança para um especialista pediátrico (alergista e pneumologista), que saiba tirar todas as dúvidas sobre o assunto.
Informe ao pediatra se alguém da sua família tem asma ou alergia, porque ambos tendem a ocorrer em família. Ou seja, se você ou outro membro da família tem asma ou alergia, pode ser que a criança também as tenha.
Além desses aspectos genéticos, hereditários, também é importante que o pediatra tenha conhecimento sobre as condições ambientais em que a criança vive, já que alguns fatores podem desencadear reações alérgicas. Assim, ele poderá orientar o cuidador sobre os cuidados necessários para evitar a proliferação de alérgenos no ambiente domiciliar.
Como é feito o diagnóstico da asma em crianças?
A asma é, geralmente, diagnosticada por meio de um exame médico e um teste que mede o fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões, chamado espirometria ou prova de função pulmonar.
O diagnóstico em crianças pode ser um desafio maior, especialmente quando são muito jovens. Crianças em idade pré-escolar ou mais jovens, por exemplo, podem não ser capazes de completar o teste de fluxo de ar, que requer soprar muito forte em um tubo. Por isso, a espirometria é recomendada, idealmente, a partir dos 6 anos.
Além disso, bebês e crianças pequenas não conseguem descrever como se sentem. Isso torna especialmente importante que os pais, outros membros da família e cuidadores conheçam os sinais de asma em crianças e estejam alertas para os sintomas.
Caso a criança esteja em crise, é possível que o médico ou enfermeiro use o oxímetro para avaliar a saturação de oxigenação, mas é importante não ficar muito apegado a isso. Medir a saturação da criança o tempo todo não traz benefícios ao tratamento.
Algumas perguntas importantes que o médico pode fazer durante a consulta de uma criança com asma são: Quem vai ficar responsável pela medicação? Que horas a criança dorme e que horas acorda? Quem estará com a criança quando a medicação for feita?
Acompanhe o tratamento da criança com asma
Muitas das perguntas mencionadas acima têm a ver com o acompanhamento do tratamento da criança com asma por um adulto responsável. O uso da medicação precisa ser sempre orientado e supervisionado, já que essa tarefa nem sempre é algo tão simples.
Em geral, o tipo de medicamento envolvido é o inalatório, o que significa que é difícil aplicá-lo de forma rápida e é possível que a criança se canse e queira interromper o tratamento para fazer outra coisa.
Inclusive, ainda de acordo com o Instituto Fiocruz, os erros de técnica inalatória são enormes. Um estudo realizado no Canadá indica que se alcança 98% de boa técnica na terceira consulta. Isso significa que são necessários pelo menos 6 meses de uso para que a técnica se torne ideal quando acontece uma avaliação trimestral do paciente.
Uma dica que pode ajudar na melhor aderência ao tratamento e técnica inalatória correta é o APP Universo Respiração, criado pelo FazBem e pela AstraZeneca justamente para divertir e guiar a criança durante as nebulizações do seu tratamento. Saiba mais sobre esse recurso disponível aqui.
Além disso, a sua participação ativa é essencial. Converse com seu médico sobre o melhor tratamento para a criança e formule, junto com ele um plano de ação para asma, que ajudará a controlar os sintomas e possíveis crises. É importante que você e a criança sigas rigorosamente o plano de tratamento.
Receber o tratamento adequado, com o especialista correto é essencial para a saúde e o bem-estar da criança. O especialista certo pode colocar seu filho no melhor caminho para o controle da asma a longo prazo, ajudando-o a criar um plano de ação com metas de tratamento para ele.
Ter crises não é normal, normal é ter a asma controlada. E a vida da criança com asma controlada muda: noites bem dormidas, brincadeiras sem falta de ar, menos faltas na escola ou creche e, finalmente, respirar sem crise.
Você também quer isso para o seu filho? Conheça a campanha Respire Sem Crise, uma iniciativa do FazBem, da AstraZeneca e do Movimento Asma Zero para apoiar o tratamento da asma e mostrar que, mesmo com a asma, é possível ter uma vida plena e feliz. https://www.programafazbem.com.br/respiresemcrise/
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