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Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), sintomas e tratamento

Quem nunca sentiu aquele desconforto estomacal após realizar uma refeição farta? É bem fácil identificar os sinais que o sistema digestivo emite para nos dizer que exageramos, não é?

Geralmente sentimos uma azia após a refeição, as vezes aquele gosto amargo ou ácido na garganta, ou até mesmo uma queimação no centro do peito. Esses sintomas são causados pelo retorno do ácido estomacal.

Quando ocasionais, esses sintomas são considerados normais, mas fique atento, pois, se aparecem com frequência e são intensos, pode ser que você tenha a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).

Para ajudá-lo a entender o que é essa doença, o FazBem trouxe algumas informações sobre os sintomas e tratamento para a DRGE. Confira!

Como ocorre a azia e a DRGE?

A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) ocorre quando o ácido do estômago frequentemente retorna para o tubo que conecta a boca e o estômago (esôfago). Esse refluxo (refluxo ácido) pode irritar o revestimento do esôfago.

O refluxo também é chamado de refluxo ácido ou regurgitação de ácido porque o suco digestivo presente no estômago é ácido. Dessa forma, quando ocorre o episódio do refluxo a pessoa pode sentir o alimento ou líquido ácido na garganta ou até mesmo na boca.

Esse ácido refluído do estômago quando toca a parede do esofago pode causar a azia. Também chamada de indigestão ácida, a azia é uma sensação desconfortável, que pode ser um ardente no tórax, atrás do esterno ou na parte superior do abdômen.

Muitas pessoas sofrem de refluxo de vez em quando e isso é normal. Mas é preciso ficar atento pois, quando os sintomas se tornam frequentes, pode ser sinal de DRGE.

A maioria das pessoas consegue controlar o desconforto da DRGE com mudanças no estilo de vida e medicamentos sem prescrição, mas algumas pessoas podem precisar da combinação da mudança do estilo de vida com medicamentos ou até mesmo cirurgia para aliviar os sintomas nos casos mais graves.

Sintomas da Doença do Refluxo

A DRGE é, geralmente, uma doença facilmente tratável, mas muitas pessoas não sabem que sofrem dela, pois seus sintomas são associados a outros problemas. Os sinais e sintomas comuns de DRGE podem incluir:

  • Pirose ou azia: é a sensação de queimação ou calor no peito, normalmente, irradiada desde a parte superior do abdômen até a garganta. Costuma ocorrer após alimentação, quando o estômago cheio favorece o refluxo;
  • Regurgitação: é o retorno do conteúdo alimentar até a boca, com gosto ácido e azedo. Regurgitações frequentes podem levar a lesões erosivas dos dentes. Náuseas e vômitos são incomuns, mas podem ocorrer em alguns pacientes;
  • Dor no peito: alguns pacientes apresentam dor torácica que pode lembrar dor de angina;
  • Tosse, rouquidão e asma: o refluxo de material ácido para a parte inferior da garganta pode levar em alguns casos a tosse crônica e alterações na voz. Em pessoas suscetíveis, o refluxo gastroesofágico pode desencadear crises de asma;
  • Dor de garganta: dores de garganta crônicas, sem causa aparente e sem outros sinais de infecção, como febre, podem ser sinal de doença do refluxo gastroesofágico;
  • Excesso de saliva: alguns pacientes com refluxo queixam-se de salivação excessiva.

Se você tem refluxo ácido noturno, também pode apresentar:

  • Tosse crônica;
  • Laringite;
  • Sono interrompido.

Quando você deve procurar um médico?

Sentir alguns dos sintomas do refluxo mencionados anteriormente de vez em quando, principalmente após realizar refeições muito calóricas, é normal. Agora, se os sintomas aparecem com frequência, é necessário procurar um médico.

Marque uma consulta com seu médico se você:

  • Experimenta fortes ou frequentes sintomas de DRGE;
  • Toma medicamentos de venda livre para azia mais de duas vezes por semana.

Lembre-se que é importante cuidar da saúde e, quando o diagnóstico e tratamento são adiados, a DRGE crônica pode aumentar seu risco de desenvolver complicações graves.

Com o tempo, a inflamação crônica no esôfago pode causar:

  • Estreitamento do esôfago: danos na parte inferior do esôfago causados ??pelo ácido do estômago causam a formação de tecido cicatricial. O tecido da cicatriz estreita a via alimentar, causando problemas de deglutição;
  • Uma ferida aberta no esôfago (úlcera esofágica): o ácido estomacal pode desgastar o tecido do esôfago, causando a formação de uma ferida aberta. Uma úlcera esofágica pode sangrar, causar dor e dificultar a deglutição;
  • Alterações pré-cancerosas no esôfago (esôfago de Barrett): danos causados ??pelo ácido podem causar alterações no tecido que reveste a parte inferior do esôfago. Essas alterações estão associadas a um risco aumentado de câncer de esôfago.

Tratamentos disponíveis para DRGE

O tratamento do refluxo depende do seu grau. Casos leves podem ser tratados com mudanças dos hábitos de vida, enquanto casos mais graves podem necessitar de medicamentos e até correção cirúrgica.

É importante tratar corretamente o refluxo para evitar prejuízos graves à saúde. Se não for feito, o paciente pode apresentar sintomas desagradáveis que pioram a qualidade de vida e geram complicações mais sérias.

O tratamento de refluxo pode ser clínico ou cirúrgico. Confira como funciona os dois tipos de tratamento.

Tratamento clínico

O tratamento clínico consiste, em boa parte dos casos, no uso de medicamentos,  alguns vendidos com prescrição e outros sem prescrição, e mudanças de hábitos.

Nesse tipo de tratamento, os sintomas moderados podem ser tratados apenas com mudanças de hábitos alimentares ou, nos casos em que apenas a mudança não surte efeito, é indicado o uso de medicamento para tratar os sintomas e impedir uma esofagite mais grave.

Atualmente, existem vários medicamentos  que reduzem, consideravelmente, a produção de ácido no estômago. Por consequência, reduz o refluxo de ácido para o esôfago. Embora não curem o paciente, estes remédios são capazes de aliviar os sintomas pelo período em que estiver em tratamento.

Mudanças no estilo de vida

Alguns pacientes conseguem reduzir os sintomas do refluxo fazendo alterações no estilo de vida. Confira algumas mudanças que podem ajudar a controlar a doença.

Mudanças alimentares: existem alimentos que podem aumentar a produção de ácido no estômago ou relaxar a válvula entre o esôfago e o estômago, permitindo que o ácido volte facilmente ao esôfago. Uma forma de evitar os sintomas da doença é evitar o consumo desses alimentos, tais como: café, chá verde ou preto, refrigerantes, comidas gordurosas e condimentadas, frutas cítricas e chocolates.

Elevação da cabeceira da cama: essa é uma ação importante, uma vez que o refluxo ocorre com mais facilidade ao deitar-se. Por isso, ao elevar a cabeceira, pode diminuir consideravelmente o refluxo. 

Não se deitar logo após as refeições: para pessoas que sofrem de refluxo é recomendado esperar pelo menos duas horas para se deitar após realizar alguma refeição. Isso porque, quanto mais cheio está o estômago, maior o risco de refluxo. Ao esperar para se deitar, o estômago ficará vazio e a possibilidade de ocorrer o refluxo diminui.

Evitar ingerir grande quantidade de alimento: evite ingerir comida em excesso de uma única vez, pois quanto mais cheio o estômago, maior o risco de refluxo. Por isso, é indicado realizar várias refeições pequenas por dia.

Controle o peso: o peso é um fator que pode desencadear o refluxo, por isso é indicado reduzir o peso, caso esteja acima do ideal, também é uma ação eficaz para o controle da doença.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia para o tratamento de refluxo é necessária quando o paciente não responde bem ao tratamento clínico. Dessa forma, caso o médico considere uma boa alternativa, pode ser realizada a cirurgia para resolver o problema.

Antes da decisão, deve-se considerar fatores como, há quanto tempo o paciente tem a doença, a intensidade dos sintomas, idade do paciente, como foi a resposta ao tratamento clínico e se ele possui outras doenças associadas.  

Ainda temos uma última dica para você! Em cada paciente, o refluxo manifestará sintomas diferentes. Por isso, observe como a doença se manifesta no seu corpo. Observe se o refluxo ocorre apenas após grandes refeições ou se ocorre mais ao se deitar e depois compartilhe essas informações com o seu médico.

Em algumas situações, uma simples alteração de hábitos pode levar à melhora dos sintomas.

Lembre-se que é muito importante o acompanhamento com seu médico gastroenterologista e evitar a automedicação.

Conheça a campanha #SDigaoFluxo (inserir link), criada pela Astrazeneca e pelo FazBem para trazer mais informações sobre a saúde do seu esôfago e do seu estômago. São mais informações sobre diagnóstico, fatores de risco, sintomas e muito mais.

Lembre-se: para seguir o fluxo e manter uma vida saudável, a busca por um médico é o primeiro passo.

Acesse a campanha “Siga o Fluxo”: https://bit.ly/siga-o-fluxo-fazbem, uma iniciativa do FazBem e da AstraZeneca para você ficar mais informado sobre o refluxo e estar mais no controle da sua saúde e bem-estar.

 
 
 
Referências:
  1. http://production.latec.ufms.br/new_pmm/u3a1.html
  2. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/dist%C3%BArbios-esof%C3%A1gicos-e-de-degluti%C3%A7%C3%A3o/doen%C3%A7a-do-refluxo-gastroesof%C3%A1gico-drge
  3. http://www.sbmdn.org.br/doenca-do-refluxo-gastroesofagico-drge/
  4. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/refluxo-gastroesofagico-drge/
  5. http://www.sbmdn.org.br/doenca-do-refluxo-gastroesofagico-drge/
  6. https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/gerd/symptoms-causes/syc-20361940
  7. https://www.cbcd.org.br/doenca-do-refluxo-gastroesofagico
BR-12628. Material destinado a pacientes. Maio/2021